terça-feira, 27 de julho de 2010

Prólogo

Era noite e eu estava na sala estudando Brasil Colônia quando então eu ouvi no Jornal Nacional, um programa destinado à massa, formador de idéias, uma canção que eu, inclusive, cantava enquanto criança.
A cantiga trazia consigo os seguintes versos "Quem quer casar com dona Baratinha? Que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha."
Nossa Senhora, pensei, em pelono século XXI ainda temos esta ideologia sendo implantada sublimnarmente nas cabeças das pequeninas? Quer dizer então que se faz necessária a presença de fita no cabelo, elemento que traz em si a idéia de beleza, e dinheiro na caixinha, o status social, para que se possa ser uma boa opção de casamento?
Em posição de mulher me indignei, e com toda a razão!
Resolvi então elaborar um tratado e me veio à cabeça a idéia de transformar o meu discurso em verdade. Ora ora, palavras do querido Tarsis Vaz, professor de Língua Portuguesa. Sim, transformar o meu discurso em verdade, sair da posição de oprimida e galgar os degraus em direção a posição de opressora.
Farei aqui uma análise da construção do lugar social da mulher.
Será um trabalho e tanto, peço que relevem as minhas faltas e que me cubram de críticas e opiniões, saibam, o silêncio me sufoca!
Me cercarei de diversos elementos compositores da nossa sociedade, captarei imagens do dia-a-dia, contos e fatos do passado, tentarei trazer entrevistas e os mais variados recursos.
E para quê? Em primeiro lugar, para a satisfação da minha curiosidade. Em segunda instância, para quem sabe num futuro ser utilizado em um estudo, meu, mais aprofundado dos aspectos sociológicos e antropológicos.
Então, sem mais delongas, boa leitura!